Domingo, 3 de Maio de 2009

Dia da Mãe

Mãe, neste poema queria resumir o amor e o carinho que sinto por ti.

 

Num belo dia de sol, 

Um girassol 

Largou as suas pétalas

Perfumadas,

belas e apaixonadas,

Só para te ver passar

No seu jardim.

Tu, junto a mim

Cheiramos lírios e jasmim,

Contemplamos o luar

Nunca me esquerecerei de ti.

Só te peço uma coisa:

Quando leres este poema, sorri!

sinto-me:
música: Girls Just Wanna Have Fun - Cyndi Lauper

Sexta-feira, 24 de Abril de 2009

Miminho!!!

 

 

 

Estou muito contente por receber este miminho, principalmente por ser o primeiro que recebo!!!

Então agradeço de todo o meu coração ao blog Um Minuto de Histórias por me dar este prémio!

 

Como praxe vou passar este prémio aos seguintes blogs:

 

O Rabanete na Clavícula

O Longe Faz-se perto

Cellar Door

I'm just a kid, and life is a nightmare

 

 

 


Segunda-feira, 2 de Março de 2009

Águas de Março - Tom Jobim e Elis Regina

Resolvi colocar a letra desta linda música de Tom Jobim, um marco da música popular brasileira, por estar a começar o mês de Março com chuva!

 

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol

É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira

É o vento ventando, é o fim da ladeira

É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira

É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão

É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto

É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada

É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé

São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
au, edra, im, inho
esto, oco, ouco, inho
aco, idro, ida, ol, oite, orte, aço, zol

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.
 

música: Águas de Março - Tom Jobim e Elis Regina
sinto-me:

Quinta-feira, 3 de Julho de 2008

Viva como as flores

 

Mestre, como faço para não me aborrecer?

 

Algumas pessoas falam demais,

outras são ignorantes. Algumas são indiferentes.

 

Sinto ódio das que são mentirosas

e ainda sofro com as que caluniam.

 

Pois viva como as flores,

advertiu o mestre.

 

Como é viver como as flores?

- Perguntou o discípulo.

 

Repare nestas flores, continuou

o mestre, apontando lírios

que cresciam no jardim.

 

Elas nascem no esterco, entretanto,

são puras e perfumadas.

 

Extraem do adubo malcheiroso tudo

que lhes é útil e saudável,

mas não permitem que o azedume

da terra manche o frescor

das suas pétalas.

 

É justo angustiar-se com as próprias

culpas, mas não é sábio permitir que

os vícios dos outros os importunem.

 

Os defeitos deles são deles e não seus.

Se não são seus, não há razão para aborrecimento.

 

Exercite, pois, a virtude de rejeitar

todo o mal que vem de fora.

 

Isso é viver como as flores.

 


Sábado, 15 de Março de 2008

De coração...

 

 

O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler debaixo dos longos ramos de um velho carvalho.

Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava a tentar afundar-me.

E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um rapaz ofegante chegou-se, cansado de brincar.

Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:

- Veja o que encontrei!

Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz.

Querendo ver-me livre do rapaz com a sua flor, fingi pálido sorriso e virei-me.

Mas ao invés de recuar, ele sentou-se a meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:

- O cheio é óptimo, e é bonita também... por isso peguei-a; peguei para ti, é tua!

A flor à minha frente estava morta ou a morrer, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá.

Então estendi-me para pegá-la e respondi:

- O que eu precisava!

Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele segurou-a no ar sem qualquer razão.

Nessa hora notei, pela primeira vez, que o rapaz era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos.

Ouvi a minha voz sumir, as lágrimas despontarem ao sol enquanto lhe agradecia por ter escolhido a melhor flor daquele jardim.

- De nada. - ele sorriu.

E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve no meu dia.

Sentei-me e pus-me a pensar como ele conseguiu ver um homem auto-piedoso sob um velho carvalho.

Como ele sabia do meu sofimento auto-indulgente?

Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão.

Através dos olhos duma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o Mundo, mas sim EU.

E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu.

E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri quando via aquele rapaz com outra flor nas suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.

 

Fonte: Templo dos Sonhos

 

 

 

música: How To Save A Life - The Fray

Sexta-feira, 7 de Março de 2008

As Sementes

 

 

 

Um homem trabalhava numa fábrica, a uma hora de autocarro desde sua casa.

No paragem seguinte, entrava uma senhora idosa, que se sentava sempre junto à janela.

Abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda a atirar alguma coisa pela janela.

A cena repetia-se sempre e, um dia, curioso, o homem perguntou-lhe o que atirava pela janela.

- Atiro sementes, respondeu ela.

- Sementes? Sementes de quê?

- De flores. É que olho para fora e a estrada é tão vazia. Gostaria de poder viajar a ver flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom!...

- Mas as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos...

A senhora acha mesmo, que estas sementes vão germinar, na beira da estrada?

- Acho, meu filho. Mesmo que muitas se percam, algumas acabam por cair na terra e com o tempo vão brotar.

- Mesmo assim... Demoram para crescer, precisam de água...

- Ah, eu faço a minha parte. Sempre há dias de chuva…. E se alguém atirar as sementes, as flores nascerão.

Ao dizer isto, virou-se para a janela aberta e recomeçou com o seu trabalho.

O homem desceu logo adiante, achando que a senhora já estava senil.

Passou algum tempo... até que um dia, no mesmo autocarro, o homem, ao olhar para fora viu muitas flores na beira da estrada...

Muitas flores... A paisagem colorida, perfumada e linda!

Lembrou-se então daquela senhora. Procurou-a em vão. Perguntou ao cobrador, que conhecia todos os passageiros daquele percurso.

- A velhinha das sementes? Pois é... Morreu há quase um mês.

O homem voltou para o seu lugar e continuou a olhar a paisagem florida pela janela.

"Quem diria, as flores brotaram mesmo", pensou…"Mas de que adiantou o trabalho dela?

Morreu e não pode ver esta beleza toda".

Naquele instante, ouviu risos de criança. No banco à frente, uma garotinha apontava pela janela, entusiasmada:

- Olha, que lindo! Tantas flores pela estrada fora... como se chamam aquelas flores?

Finalmente, entendeu o que aquela senhora tinha feito.

Mesmo sem estar ali para ver, fez a sua parte, deixou a sua marca, a beleza, para se vista e contribuir para a alegria das pessoas.

No dia seguinte, o homem entrou no autocarro, sentou-se junto à janela e tirou um pacotinho de sementes do seu bolso...

E assim, deu continuidade à vida, semeando o amor, a amizade, o entusiasmo e a alegria.

O futuro depende das nossas acções no presente.

"E se semeamos boas sementes, os frutos serão igualmente bons."

música: E Grito - Pluma

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