Vou-vos contar as minhas novidades.
Já escolhi o tema para a minha dissertação! Será a Propaganda e a Informação na II Guerra Mundial e analisarei alguns filmes, como Casablanca e canções de incentivo ou contra a participação dos EUA na II Guerra. Já comecei a ler alguns livros e a fazer apontamentos.
Tenho ido de duas em duas semanas ao nutricionista. Quando fui lá pela primeira vez pesava 61.5 kg. Agora, passados quase três meses, peso 55 kg, o que é fantástico, não é? Pois, agora que as festividades chegam a trote, a ver se não engordo, já nem digo emagrecer, mas pelo menos manter o peso, ou engordar só um quilinho, que depois com dieta e exercício físico desaparece em menos de duas semanas!
Como não trabalho, aproveito o tempo para estudar e ver séries. Estou a acompanhar a 6.ª temporada de Glee e também a 6.ª de Castle; e agora estou a acompanhar a 3.ª temporada de American Horror Story e também a 3.ª de Teen Wolf. Se passo um dia sem ver séries, sinto um vazio... É um vício, eu sei! Mas é tão bom! Não sei o que seria da minha vida sem séries, música e livros. Morreria, pois a minha vida é um tédio pegado e preciso disto para de certa forma anestesiar o meu descontentamento com a minha vida.
Espero que esteja tudo bem convosco. Beijinhos!
Para comemorar o 25 de Abril de 1974, partilho convosco uma linda música de Ermelinda Duarte Somos Livres, um grande marco da geração de 70, que fala mesmo da liberdade! Espero que gostem!
Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.
Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.
Uma gaivota voava, voava,
assas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.
Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo cualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.
Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.
Na apoteose dos mortais,
Vai-se glorificando os banais,
Como uma espécie de medalha,
Que mais tarde virá a ser a sua mortalha.
Morrem os fracos, morrem os poderosos
Mas quem fica na história,
Não são os penosos,
Mas sim, os criminosos!
Matam, roubam,exploram,
Os mais pobres e necessitados,
Trabalham horas a fio como escravos,
Os pobres coitados!
Não é o artista que recebe o prémio,
Mas sim, o crítico que lhe anula o mérito,
Mas que depressa se vende ao grémo.
Neste grei onde tudo é injusto
Onde todo o povo é gazina,
Preconceituoso e esteriotipado,
Se auto-destrói e com isso não está preocupado.
Só se preocupam em ganhar dinheiro,
Alcançar os seus fins sem olhar a meios,
Desafiar e humilhar
Aqueles que eles acham que lhe são inferiores.
Os homens acham-se maiores que os Deuses,
Que há humanos que valem mais e outros menos,
Que os animais só servem para os servir
e os alimentar,
Que a natureza podem poluir,
E que o mundo todo podem governar!...
Como se pode glorificar
Seres assim?
Mas a estes só a sociedade respeita,
Aqueles que vivem de forma suspeita
E cheia de futilidade,
Àqueles que proclamam falsas ordens de solidariedade!
Podem-me chamar infantil,
Mas eu acredito que um dia haverá
Justiça no mundo!
Pois, a apoteose dos mortais
Só a Deus caberá!
5/10/2009
Poema da minha autoria
Como a minha mãe fez anos ontem e hoje faz 73 anos da morte de Fernando Pessoa, deixo aqui este poema para todos vocês:
No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece,
De balas trespassado,
- Duas, de lado a lado -,
Jaz morto, e arrefece.
Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.
Tão jovem! que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
"O menino da sua mãe".
Caiu-lhe da algideira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.
De outra algideira, alada
Ponta a roçar o solo
A brancura embainhada
De um lenço... Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.
Lá longe, em casa, há a prece:
"Que volte cedo, e bem!"
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.
Fernando Pessoa
P.S Mafalda Veiga fez uma linda música deste poema onde podem conferir abaixo:
É urgente!
Mudar o mundo,
Para ficar muito diferente.
É o que eu desejo lá no fundo.
É urgente!
Acabar com a guerra,
E a tristeza da terra!
É urgente!
Acabar com a destruição,
Desta terrível solidão!
É urgente!
Inventar a felicidade,
Multiplicar os beijos,
Realizar desejos,
E dizer a verdade!
Poema da minha autoria
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
Nota: Esta bonita canção com uma belíssima letra, serviu de senha de início da revolução de 25 de Abril de 1974
Pensando em todos aqueles
que, no mundo inteiro, se
reúnem para lutar contra a
produção e a disseminação
de armas nucleares.
Anarda, sou de ti cativo,
mas deploro este amor pungente.
Pouco importa que ele esteja vivo,
se há mísseis sob o sol cadente.
Já não posso, Almena, ofertar-te
nem o beijo nem a canção.
Mísseis cobrindo toda a parte
acinzentam meu coração.
Márcia gentil, pára um momento,
considera as nuvens difíceis.
Novas más perspassam no vento
em lugar de mil flores, mísseis.
Ouve, Nerina, meu queixume:
como te amar, cheia de graça?
Em meu peito esmorece o lume,
com os mísseis vem a desgraça.
Ai, Eulina, abro mão - que pena -
de teus encantos mais suaves.
Extinguiu-se a vida serena,
mísseis assustam homens e aves.
Nise, Nise, que em áureas horas
minha doçura foste, hoje és
condenada à morte, e choras,
pois há mísseis sob teus pés.
Não peço, Glaura, teus afagos,
que amanhã serão pó tristonho
entre biliões de crânios vagos:
negam os mísseis todo o sonho.
Tirce amada, volve-me o rosto
e despreza meus madrigais
redolentes ao luar de agosto.
Grasnam os mísseis: Nunca mais.
Meiga e bela Marília, o Arconte
taciturno olha para mim.
Na áspera linha do horizonte,
eis que os mísseis decretam: Sim.
Sim, pereça todo prazer
e das amadas toda a glória.
Com seu satânico poder,
os mísseis enterram a história.
Autoria: Carlos Drummond de Andrade
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