Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009

A verdadeira magia do Natal

 

Era uma vez uma família, a família Borges constituída por sete elementos: Olinda, a sua filha Laura, o seu esposo Filipe e os filhos destes: Sara, a mais nova, André e Diogo, os dois gémeos, e a Rita, a mais velha. Aparentamente era uma família perfeitamente normal e unida mas, no entanto, não era bem o que parecia. Era difícil explicar o que lhes faltava porque não é nada que se explique facilmente, é algo que se sente. Mas, na verdade, nenhum deles dava muita importância a isso, bem, excepto a mãe, Laura. Esta era a única pessoa na família que demonstrava ter sentimentos.
Era dia 24 de Dezembro e para todos era um dia normal, tirando a decoração da casa. É claro que todos sabiam que era véspera de Natal, mas praticamente todos ignoravam esse dia.
Laura acordara nesse dia um pouco desanimada por pensar que naquele dia em imensos sítios, todas as famílias celebrariam o Natal, todos excepto a sua família.
No entanto, também com um pouco de esperança de a família ter mudado. Na verdade, em todos os Natais acordava com essa mesma esperança e preparava como se fosse tudo normal. Mas quando todos acordaram, Laura constatou que estavam impacientes e um tanto aborrecidos. Então perdeu a sua esperança. Foi para a cozinha comportando-se normalmente.
Quando toda a família se juntou à mesa para o pequeno-almoço, Laura ainda tentou a sua sorte, dizendo: «Feliz Natal». Em vão, todos continuavam na mesma.
E assim foi o resto do dia, até o telefone tocar. Foi a Rita quem atendeu e de seguida passou ao pai.
Depois duma longa conversa, o pai pousou o auscultador e dirigiu-se à família dizendo:
- Acabaram-me de telefonar e... tenho de fazer uma viagem ainda hoje para os Estados Unidos. É mesmo urgente!
- E quanto tempo lá ficas? - perguntou André, um dos gémeos.
- Não sei... - respondeu o pai.
- Mas amanhã é dia de Natal! - exclamou a Laura.
- É muito importante... - repetiu o pai.
E com mais um suspiro impaciente, foi para o quarto onde faria as malas. Dali a meia-hora, já as malas se econtravam junto à porta e o pai despediu-se de todos, um a um. Quando finalmente este se foi despedir da Laura, esta virou-lhe a cara. Todos começaram a olhar para ela surpreendidos com a sua reacção. Esta cerrrou os punhos e gritou para toda a família, o que lhe apetecia dizer à anos atrás. Estava farta de tudo aquilo, daquela falta de sentimentos por parte de toda a gente.
Quando deu por si, já várias lágrimas lhe escorriam pelo resto e todos olhavam para ela. Por fim, quando já não conseguia dizer mais nada, respirou fundo e olhou para todos à espera de uma reacção. Vendo que ninguém dizia nada, reforçou:
- Então? Não dizem nada?
- A mãe tem razão... - suspirou Rita. - Nesta casa, como em muitas outras, o Natal deveria ser celebrado. É verdade que todos sabemos que gostamos muito uns dos outros, mas nunca é demais lembrá-lo todos os dias, tanto com palavras, como com um simples gesto.
- Sim... - reforçaram Sara e Olinda.
- Também acho. - disse Diogo.
- Bem... - disse por fim, Filipe. - Acho que têm razão!
Finalmente, nesse Natal toda a família se reuniu, acendeu as velas, ceou e comportou-se como uma família normal, como sempre demonstrou ser, mas com muito mais sentimento, mais alegria. Porque realmente o Natal não se resume a palavras, não se explica facilmente, é uma coisa que se sente.
 
Texto da minha autoria

 

 

música: A Thousand Years - Janis Ian
sinto-me:

Quarta-feira, 9 de Dezembro de 2009

O que se não deve e o que se deve fazer se o seu/sua filho/a for homossexual

A saída do armário dos filhos é recebida com choque, apreensão e, muitas vezes, com revolta por parte dos pais. O terapeuta familiar Pedro Frazão, 33 anos, é autor de um estudo sobre este tema. Saiba quais são as principais recomendações deste especialista 

 

Manual: quando o seu filho lhe diz que é gay 

 

O meu filho é gay

 

O QUE NÃO DEVE FAZER:

 

*Transmitir ao adolescente/jovem adulto de que se trata apenas de uma fase e que com o tempo vai voltar a ser heterossexual, desvalorizando todo o trabalho de preparação que o jovem fez para partilhar com os pais o que sentia 

*Criar um pacto de silêncio sobre as questões relacionadas com os afectos e sexualidade dos jovens

*Criar um clima de confrontação e hostilidade que faça o adolescente/jovem adulto sentir-se ainda mais isolado do que já se sentia antes do coming out ("sair do armário")

*Fazer ameaças de que ou o adolescente muda a sua orientação sexual ou é afastado da família ou expulso de casa

*Proibir o adolescente ou jovem adulto de se encontrar com os seus amigos ou namorados(as) que muitas vezes são apontados pelos pais mais intolerantes como responsáveis pela situação

*Fazer formulações culpabilizantes de que os filhos são gays ou lésbicas porque os pais falharam ou porque a orientação sexual dos filhos resulta de experiências infantis (ex: a mãe estava demasiado próxima e o pai era distante)

*Fazer comentários homofóbicos e que ridicularizam pessoas gays ou lésbicas

*Procurar psiquiatras e psicólogos com o objectivo de mudar a orientação sexual dos filhos

 

 

O QUE DEVE FAZER:

 

*Criar um contexto seguro para que o adolescente ou o jovem adulto fale abertamente sobre os seus sentimentos 

*Assumir que, à semelhança do que foi vivido pelos filhos, os pais também necessitam de tempo para se adaptar à nova realidade

*Procurar informação especializada sobre questões relacionadas com a orientação sexual 

*Se necessário, procurar um profissional de saúde mental especializado em questões de sexualidade

*Conhecer gays e lésbicas que lhe possam assegurar que uma orientação sexual minoritária não é um problema e que lhe mostrem que essas pessoas podem ter vidas completas como homens e mulheres a todos os níveis

*Procurar outros pais que têm filhos gays e lésbicas e que viveram situações semelhantes.

 

Resolvi colocar este post que vi na Visão Online, porque não só por ter gostado dele por ser verdadeiros e fácil de entender, mas também, porque este tipo de questões necessitam de ser informadas. Ainda para mais, com a ideia do PS de em Portugal poder vir realizar-se casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

 

música: Meet Me Halfway - Black Eyed Peas
sinto-me:

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