Palhaço que és trapalhão
Que cais de rabo no chão
Que fazes rir até mais não.
E sempre a sorrir dás a mão.
Palhaço que és trapalhão,
Que pões o dedo na boca,
Vais buscar um balão
E do nariz fazes um narigão.
Palhaço que és trapalhão
Também gostaria de ser palhaço
Para ter graça e sucesso
Ao fazer as piadas
Ouvindo música dos Excesso.
Poema feito quando tinha 10 anos. Tudo para lembrar o Carnaval.

Carnaval de Torres Vedras 2006
Balões de água e bombas a rebentar, máscaras, mascarados, palhaços e samba. Tudo isto faz lembrar o Carnaval.
O que antes era um dia que servia para nos divertirmos, tornou-se um verdadeiro sacrilégio para quem está fora (como é o meu caso), não é verdade?
Estou farta daqueles balões e bombas a rebentar e daqueles pseudo-sambódromos portugueses a imitarem os brasileiros com as raparigas meias despidas a dançar ao frio. Ainda apanham um resfriado valente.
Para ir para os bailes de Carnaval tipo Veneza temos de gastar uma verdadeira pipa de massa para comprar o vestidinho, os sapatinhos, a bijuteria, o penteado de cabelo e a malinha a condizer com a pulseira, que por sua vez combina com o vestido ou com os sapatos. Enfim...
Para quem pensa que o Carnaval é para os putos; que só estes é que fazem as tradicionais traquinices, desengane-se. Na Batalha de Água atiram baldes de água às pessoas que passam e andam com mangueiras a molhar os carros e a sujá-los com farinha. Se fosse pela ordem contrária, ainda lavavam o carro, mas não...
Onde estão as velhas sátiras feitas nalguns poucos cortejos de Carnaval? Foram substituídos por pseudo sambas e pseudo-famosos com sorrisinhos falsos. Onde estão as nossas tradições? Enfim, o Carnaval já não é o que era...
Aqui um vídeo do Carnaval de Loulé de 2007: