Ali estava ela
De fitinha amarela
A andar no baloiço
Do parque infantil.
O seu risinho de criança
Ingénuo e inocente
Contrastava com o meu semblante,
Triste e humilhante.
O meu olhar pesaroso
Fitava a alegre menina
Da fitinha amarela
E dou por mim com inveja
da criança.
Gostaria de ter o mesmo brilho no olhar,
O mesmo riso,
A mesma alegria,
Mas principalmente a sua inocência!
Mas a mim já ninguém
Me pode devolver
A inocência perdida,
A minha infância interrompida,
E a alegria destruída.
Não é fácil para um criança
Não poder confiar
Na pessoa que era suposto amar
Pessoa, essa, que em vez de te abraçar,
Acarinhar e te reconfortar,
Te obriga a viver num pesadelo
De que jamais conseguirás acordar.
Ele era como os monstros
Que dizem viver debaixo da cama.
Apesar de estarem sempre por perto,
Só à noite é que se revelavam.
Ele tinha prazer quando me tirava
A inocência de menina,
Mas a mim só me apetecia desaparecer,
Para ele nunca mais me tocar e me ver.
Quando olho para as minhas
Fotos de menina,
Não consigo ver
A menina alegre que queria ser.
Por isso, dou por mim a sonhar
Que sou a menina da fitinha amarela,
Que não é nada mais, nada menos
Que fruto da minha imaginação.
5/10/2009
Poema da minha autoria
De que está à espera de contribuir para esta causa? É muito importante acabar com este flagelo que destrói a vida das crianças, adolescentes e adultas vítimas de abuso sexual.
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