Segunda-feira, 26 de Outubro de 2009

Apoteose dos mortais

 

Na apoteose dos mortais,

Vai-se glorificando os banais,

Como uma espécie de medalha,

Que mais tarde virá a ser a sua mortalha.

 

Morrem os fracos, morrem os poderosos

Mas quem fica na história,

Não são os penosos,

Mas sim, os criminosos!

 

Matam, roubam,exploram,

Os mais pobres e necessitados,

Trabalham horas a fio como escravos,

Os pobres coitados!

 

Não é o artista que recebe o prémio,

Mas sim, o crítico que lhe anula o mérito,

Mas que depressa se vende ao grémo.

 

Neste grei onde tudo é injusto

Onde todo o povo é gazina,

Preconceituoso e esteriotipado,

Se auto-destrói e com isso não está preocupado.

 

Só se preocupam em ganhar dinheiro,

Alcançar os seus fins sem olhar a meios,

Desafiar e humilhar

Aqueles que eles acham que lhe são inferiores.

 

Os homens acham-se maiores que os Deuses,

Que há humanos que valem mais e outros menos,

Que os animais só servem para os servir

e os alimentar,

Que a natureza podem poluir,

E que o mundo todo podem governar!...

 

Como se pode glorificar

Seres assim?

Mas a estes só a sociedade respeita,

Aqueles que vivem de forma suspeita

E cheia de futilidade,

Àqueles que proclamam falsas ordens de solidariedade!

 

Podem-me chamar infantil,

Mas eu acredito que um dia haverá

Justiça no mundo!

Pois, a apoteose dos mortais

Só a Deus caberá!

 

5/10/2009

 

Poema da minha autoria

 

música: Some People - Janis Ian
sinto-me:

Quarta-feira, 2 de Setembro de 2009

“O Peixe Que Não Quis Evoluir” por Henrique Neto

 

Com diferentes abordagens, esta história conduz o leitor a uma conclusão inevitável: a própria vida significa mudança, aprendizagem e evolução. A estagnação só pode ser prejudicial e é a própria natureza (do mundo e dos mercados...) que afasta aqueles que se recusam a evoluir.
Esta história é "normalmente" utilizada por "alguns" Formadores de Formação Profissional de Adultos para ilustrar a necessidade de as pessoas mudarem, sob pena de ficarem para trás, no mundo competitivo que é o mercado de trabalho!
«Havia uma estranha perturbação na zona dos grandes pântanos. Todos os animais aquáticos tinham sido convocados para uma Assembleia pela Tartaruga. Apesar do nível das águas ser abundante, tinha descido nos últimos anos e isso inquietara o velho réptil.
Por isso, mandou chamar a comunidade de animais da vizinhança para transmitir as suas conclusões: - Amigos, imagino que já repararam que cada vez há menos água. Sei que ainda não parece nada sério, mas já assisti a este mesmo processo noutras zonas da terra e aviso-vos que se aproximam tempos de grande seca.
Perante estas palavras, gerou-se um grande rebuliço. Todos se tinham apercebido de um suave e contínuo abaixamento do caudal dos pântanos, mas nada levava a crer que poderia ser grave. - Porque nos terá convocado, se há água de sobra? – perguntaram uns aos outros.
A centenária Tartaruga deu respostas à inquietação despertada: - Convoquei-vos porque felizmente ainda temos tempo e poderemos ultrapassar isto sem problemas, se começarmos a actuar desde já. Para que as nossas espécies sobrevivam temos de Evoluir.
Ficaram todos estupefactos. Nunca se tinham deparado com tal questão e, depois do choque inicial, começaram a interrogar-se sobre como o fariam.
Continuou a Tartaruga: - Todos os dias, ficaremos uns minutos fora de água; aquele que não conseguir fazê-lo começa por uns segundos e, pouco a pouco, vai ficando cada vez mais tempo. Devemos fazê-lo constantemente e ensiná-lo às gerações vindouras, para que cada espécie evolua com o tempo, de modo a tornar possível a todos nós mantermo-nos num ambiente sem pântano. Devemos também mudar os nossos hábitos alimentares, e em cada dia ir comendo algo que não esteja na água, até que acostumemos o nosso corpo a digerir plantas do exterior.
Não sem algumas reticências, todos iniciaram o grande e meticuloso plano de acção. Dentro de uma dezena de gerações todos poderiam respirar fora de água, alimentar-se com comida que crescesse na terra e até poderiam respirar fora de água.
Todos menos o Barbinho, um dos peixes mais antigos dos pântanos, que se negou a participar neste processo. Convencido de que a Tartaruga exagerava, não fez caso, e logo aproveitou o entorpecimento dos seus vizinhos para obter mais comida. As outras espécies, à medida que evoluíam, tornavam-se menos competitivas dentro de água.
O Barbinho via o nível de água descer, mas mantinha a visão de que algumas chuvas chegariam a tempo de resolver o problema. Com o passar do tempo, só uns poucos charcos com apenas um dedo de profundidade faziam lembrar que naquelas paragens existiram uma vez pântanos.
O Barbinho agonizava, e esse verão, o mais duro de que havia memória, acabaria de certeza com a água que ainda restava. Magro, sem poder mexer, chorava a sua má sorte.
Justamente nessa altura, passou ao seu lado a Tartaruga que lhe disse: - Tiveste a mesma oportunidade que os outros. Neste mundo de mudanças constantes, evoluir não é uma opção, é uma obrigação para sobreviver.
O Barbinho, ainda sem compreender, gritava: - Que má sorte tive, tudo correu contra mim e, para cúmulo, este verão foi terrível, que fatalidade. Dizes isso, porque és uma tartaruga e podes andar por onde quiseres, mas não fazes ideia do que é isto.
A Velha Tartaruga sorriu e antes de abandonar o Barbinho comentou: - Meu infeliz amigo, há muito, muito tempo, eu era um peixe estúpido como tu, e também chegou para mim a oportunidade de evoluir. Apesar de ter dedicado atenção a essa oportunidade, não a levei a sério, e é por isso que sou tão desajeitada na terra, temo que nunca chegarei a voar e apenas me movo com desembaraço debaixo de água. Durante anos, atribuí a culpa à má sorte, mas agora aprendi que sou eu a única responsável, pois, quando a realidade me enviava os seus sinais, eu empenhei-me em não fazer caso, em não mudar nada em mim, e quase ficava fora deste novo mundo. Eu ando, por isso decidi que devo ser mais rápida. Assim, hei-de correr um pouco mais cada dia para poder evoluir para algo superior, pois parece que virão tempos de escassez e quero continuar a ser competitiva nessa altura.
O Barbinho morreu na lama, no lamaçal dos imobilistas, dos que não querem mudar, no lado dos medíocres que, embriagados pela abundância de hoje, não sabem ver a necessidade da mudança, da evolução, para continuarem a existir amanhã.»
Semelhantes ao peixe, "existem" em Portugal muitos trabalhadores (chefes e colaboradores) que, apesar de verem as novas exigências e tendências que será necessário enfrentar no futuro imediato, não assumem a evolução como necessidade profissional iminente.
São os que esperam, passivamente, que no final, numa chuva milagrosa acabe por voltar a pôr as coisas como antes, sem entenderem que, no meio competitivo actual, nada é como dantes, pois as empresas estão em contínuo progresso e os que não são capazes de evoluir com elas, por mais fortes ou competentes que sejam hoje, passarão a engrossar a lista dos extintos ao ficarem desfasados do seu próprio mundo.
Infelizmente, este é um "problema" que afecta grande parte do Povo Português...

Texto retirado de«Fábulas, histórias e conselhos para o gestor moderno» de Francisco Muro da Colecção «Vectores de Liderança».

Fonte: Aeiou


Domingo, 30 de Agosto de 2009

Vida de cão


Sábado, 18 de Julho de 2009

A rapariga que calou o mundo por 5 minutos

 

 

Severn Cullis-Suzuki (nascida a 30 de Novembro de 1979) no Canadá é uma activista do meio ambiente e escritora.

Enquanto estudou na escola primária de Lord Tennesson, fundou a ECO (Environmental Children's Organization) na altura com 9 anos, com o propósito de aprender e ensinar outros jovens sobre questões ambientais.

Em 1992, quando Severn tinha 12 anos juntou algum dinheiro com alguns membros da ECO, com o fim de participar na Conferência da Terra no Rio de Janeiro (Brasil). A intenção, desse encontro, era introduzir a ideia do desenvolvimento sustentável, um modelo de crescimento económico menos consumista e mais adequado ao equilíbrio ecológico.

Então, Severn discursou numa perspectiva de uma jovem preocupada com o futuro do seu planeta, com a poluição, com os animais em vias de extinção, com a pobreza, com o seu próprio futuro.

Esse discurso comoveu a audiência e os delegados e foi honorificada com o prémio United Nations Environment Program's Global 500 Roll of Honor em 1993 e no mesmo ano publica o seu primeiro livro: Tell the World, com a intenção de ensinar às famílias como ser mais ecológico.

Formada  em Ecologia e Biologia Evolutiva pela Universidade de Yale, Estados Unidos, sai pelo mundo dando palestras, defendendo a bandeira verde do ambientalismo.
O seu público alvo são estudantes e trabalhadores de instituições públicas e privadas. Nos seus discursos demonstra a sua paixão pelo tema e resgata valores já esquecidos. Desafia a sua plateia a assumir responsabilidades individuais e colectivas em prol do meio ambiente.
Desenvolve muitos projectos ambientais e participa de diversas expedições científicas.
Foi membro do Painel Especial de Aconselhamento de Kofi Annan – ex-Presidente da ONU.

 

Vejam então o tão famoso discurso de Severn na Conferência da Terra no Rio de Janeiro em 1992:

 

 

 

 

música: We Are The World - Michael Jackson
sinto-me: ambientalista

Quinta-feira, 11 de Junho de 2009

Reflexão de Luís de Camões - Canto VII

 

Como ontem foi dia de Portugal e aniversário da morte de Luís de Camões, nada como colocar um poema dos "Lusíadas", grande obra épica do nosso poeta português.

Inserido no canto VII, intitulado como "Reflexões do poeta", Luís de Camões que tanto exalta os portugueses, cai num tom de desânimo.

Como todos devem saber, Camões não teve uma vida nada fácil. Perdeu um olho na guerra, sobreviveu a um naufrágio, salvando os Lusíadas nadando com eles na mão, sofreu por amor, viveu na miséria e ainda por cima não teve a glória e o reconhecimento que merecia, aliás, que ele achava bem merecer, pois apesar de tudo, ele era bem consciente do seu valor.

Com isto, Camões critica os contemporâneos que não dão valor aos seus poetas, o que irá inibir o surgimento de novos poetas, caindo Portugal num marasmo pouco cultural, ficando aquém de outros países da Europa.

Mas a crítica aumenta de tom na parte final, quando são enumerados aqueles que nunca cantará e que, implicitamente, denuncia abundarem na sociedade do seu tempo: os ambiciosos, que sobrepõem os seus interesses aos do «bem comum e do seu Rei», os dissimulados, os exploradores do povo, que não defendem «que se pague o suor da servil gente».
No final, retoma à definição do seu herói - o que arrisca a vida «por seu Deus, por seu Rei».
Como podem ver, já naquele tempo havia pessoas mesquinhas e que não dão valor aos seus, coisa que hoje em dia ainda acontece! Aliás, se Camões vivesse nos dias de hoje, tinha poucas pessoas a quem cantar!

Por isso fica aqui desde já, a minha homenagem a este GRANDE SENHOR, LUÍS VAZ DE CAMÕES, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu. (inscrito na sua lápide no Mosteiro dos Jerónimos).

 

 

Um ramo na mão tinha... Mas, ó cego!
Eu, que cometo insano e temerário,
Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego,
Por caminho tão árduo, longo e vário!
Vosso favor invoco, que navego
Por alto mar, com vento tão contrário,
Que, se não me ajudais, hei grande medo
Que o meu fraco batel se alague cedo.
 

Olhai que há tanto tempo que, cantando
O vosso Tejo e os vossos Lusitanos,
A fortuna mo traz peregrinando,
Novos trabalhos vendo, e novos danos:
Agora o mar, agora experimentando
Os perigos Mavórcios inumanos,
Qual Canace, que à morte se condena,
Numa mão sempre a espada, e noutra a pena.
 

Agora, com pobreza avorrecida,
Por hospícios alheios degradado;
Agora, da esperança já adquirida,
De novo, mais que nunca, derribado;
Agora às costas escapando a vida,
Que dum fio pendia tão delgado
Que não menos milagre foi salvar-se
Que para o Rei Judaico acrescentar-se.
 

 

E ainda, Ninfas minhas, não bastava
Que tamanhas misérias me cercassem,
Senão que aqueles, que eu cantando andava
Tal prêmio de meus versos me tornassem:
A troco dos descansos que esperava,
Das capelas de louro que me honrassem,
Trabalhos nunca usados me inventaram,
Com que em tão duro estado me deitaram.
 

Vede, Ninfas, que engenhos de senhores
O vosso Tejo cria valorosos,
Que assim sabem prezar com tais favores
A quem os faz, cantando, gloriosos!
Que exemplos a futuros escritores,
Para espertar engenhos curiosos,
Para porem as coisas em memória,
Que merecerem ter eterna glória!
 

 

Pois logo em tantos males é forçado,
Que só vosso favor me não faleça,
Principalmente aqui, que sou chegado
Onde feitos diversos engrandeça:
Dai-mo vós sós, que eu tenho já jurado
Que não o empregue em quem o não mereça,
Nem por lisonja louve algum subido,
Sob pena de não ser agradecido.
 

 

Nem creiais, Ninfas, não, que a fama desse
A quem ao bem comum e do seu Rei
Antepuser seu próprio interesse,
Inimigo da divina e humana Lei.
Nenhum ambicioso, que quisesse
Subir a grandes cargos, cantarei,
Só por poder com torpes exercícios
Usar mais largamente de seus vícios;
 

Nenhum que use de seu poder bastante,
Para servir a seu desejo feio,
E que, por comprazer ao vulgo errante,
Se muda em mais figuras que Proteio.
Nem, Camenas, também cuideis que canto
Quem, com hábito honesto e grave, veio,
Por contentar ao Rei no ofício novo,
A despir e roubar o pobre povo.
 

Nem quem acha que é justo e que é direito
Guardar-se a lei do Rei severamente,
E não acha que é justo e bom respeito,
Que se pague o suor da servil gente;
Nem quem sempre, com pouco experto peito,
Razões aprende, e cuida que é prudente,
Para taxar, com mão rapace e escassa,
Os trabalhos alheios, que não passa.
 

 

Aqueles sós direi, que aventuraram
Por seu Deus, por seu Rei, a amada vida,
Onde, perdendo-a, em fama a dilataram,
Tão bem de suas obras merecida.
Apolo, e as Musas que me acompanharam,
Me dobrarão a fúria concedida,
Enquanto eu tomo alento descansado,
Por tornar ao trabalho, mais folgado.
 

 

Luís de Camões, Lusíadas, canto VII

 

sinto-me:
música: Fintar a Pulsação - Susana Félix

Segunda-feira, 1 de Junho de 2009

Tu, criança que brincas

 

Tu, criança que brincas

A essas horas

E te demoras?

 

Tu, criança que corres no belo jardim,

Que passas rentinho a mim,

Mostra-me um pouco mais de ti.

 

Corres por estradas,

Campos baldio

Nesse teu olhar vazio

Não abriga mais os contos de fadas.

 

De pés descalços

Na terra batida

Corres sem fim

Na terra prometida.

 

Páras ante mim

Roto e esfarrapado

E com um olhar angustiado

Estendes-me a mão.

 

Sei que queres uma esmola

Para comprares material para a escola.

Guardas o dinheiro na algibeira

E corres em direcção à pedreira.

 

Moinhos de vento

Estendem-se ao céu.

Não têm espaço, nem tempo

Só uma esperança para quem quer.

 

Num outro dia, olhei

Para o jardim.

Não estava lá a tal criança,

Mas mesmo assim a recordei.

 

Numa correria estonteante,

Numa respiração ofegante,

Numa ou noutra brincadeira,

Lembro-me do rapaz da algibeira.

 

Poema da minha autoria

música: Lover's lullaby - Janis Ian
sinto-me:

Sexta-feira, 17 de Outubro de 2008

Riqueza e pobreza

 

Um dia, um pai de família rica levou o seu filho para viajar para o interior com o firme propósito de mostrar quanto as pessoas podem ser pobres.
Eles passaram um dia e uma noite na fazenda de uma família muito pobre. Quando regressaram da viagem o pai perguntou ao filho:
- Como foi a viagem?
- Muito boa, pai!
- Viste o quanto pobres podem ser as pessoas? - perguntou o pai.
- Sim.
- E o que é que aprendeste? - questionou o pai.
E o filho respondeu:
- Eu vi que nós temos um cão em casa, e eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um riacho que não tem fim.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, eles têm as estrelas e a lua.
O nosso quintal vai até ao portão de entrada, eles têm uma floresta inteira.
Quando o rapaz estava a acabar de responder, o pai ficou estupefacto.
O filho acrescentou:
- Obrigado, pai, por mostrares-me o quanto "pobres" nós somos!

 

MORAL DA HISTÓRIA
 
 
 
Tudo o que tu tens depende da maneira como olhas para as coisas. Se tens amor, amigos, família, saúde, bom humor e atitudes positivas para com a vida, tens tudo. Se és "pobre de espírito", não tens nada!
 
 
 
Texto de Rita Pando Dias de Oliveira
música: You Make It Real - James Morrison
sinto-me:

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